Por Clauder Arcanjo
Escritor Elder Heronildes, presidente da AMOL
Minha querida coautora Lilia Souza, da Academia Paranaense da Poesia
Meu querido cunhado-irmão deputado federal João Ananias Vasconcelos Neto (PC do B, do Ceará)
Caro amigo-irmão David de Medeiros Leite, cidadão com quem tenho a honra de dividir os destinos da editora Sarau das Letras
Escritor, professor e amigo-incentivador Rafael Sânzio de Azevedo, mestre maior das letras cearenses, um dos ícones da cultura poética brasileira
Autoridades já nominadas
Meus pais Zequinha e Maria, meu irmão José Maria e esposa, demais familiares
Meu querido amigo Lourenço Neto e família
Minha querida esposa Luzia (Biscuí) e meus amados filhos (Artur, Mateus e Lucas Francisco), sementes de amor
Membros da imprensa
Peço permissão ao protocolo para saudar os mestres Nonatinho e Raibrito, e a escritora Zenaide Almeida Costa (aqui representada pelo seu sobrinho, o médico e amigo Dr. Antônio Leite). Em nome deles, saúdo a todos os confrades e confreiras do Instituto Cultural do Oeste Potiguar, bem como às diversas agremiações e representações da cultura potiguar aqui presentes ou nominadas
Meus queridos alunos e alunas
Minhas senhores e meus senhores
Nesta noite de 27 de maio de 2011, ano do Centenário de nascimento de Milton Pedrosa, colocarei sobre a vossa mesa, caros leitores (sim, pois espero que vós leiais esta obra), o meu terceiro livro — Novenário de espinhos (Sarau das Letras).
Como já anunciei ao longo desta semana, não me peçais para descrevê-lo; “uma obra poética, para mim, é algo indescritível. Misto de dor e riso, alquimia de lágrimas e venturas, amálgama de solidão e companheirismo. Sob certo ponto, compasso de espera e avanço. Imbricação de louvação e amarguras. Banho de bem-aventuranças e desamparos. Luz dos olhos, escuridão dos renegados.”
Uma coletânea de poemas, para mim, é por demais singular. “Capricho das mãos, pulsar dos intestinos, resfolegar do espírito, antojo da alma. Novenário de espinhos.”
“Oh, céus! Oh, céus!/ Quem obra por Cristo?”
Quando (lá se vão alguns anos) me vi de braços com a poesia, um rubor invadiu a minha face, um tremor assomou-me às mãos. Trêmulas mãos.
O cantar das ‘musas’ rasgava-me, então, a carne, e um fogo novidadeiro consumia-me todo.
Quase sempre a madrugada jogava um manto pardo sobre os meus escombros, e eu corria, feito louco infatigável, atrás de um verso bissexto. Pela manhã, no sereno da dor, tal cantiga de galo, menestrel das idiossincrasias da noite, flagrava-me com várias folhas repletas de rabiscos, estrofes ansiosas por traduzir e eternizar (vã e sábia ilusão!) os desvelos e mistérios dos homens e dos dias. Sonata de profundezas.
“Vi-me, então, no calvário iniludível das horas./ Resolvi, sereno, desistir e entregar-me./ Navegaria nessa sonata de profundezas.”
*Primeira parte do discurso proferido pelo escritor Clauder Arcanjo, quando do lançamento do seu livro Novenário de espinhos (Sarau das Letras), durante a solenidade de sua posse na Academia Mossoroense de Letras (AMOL), aos 27 de maio de 2011, nos Jardins da Tv Cabo Mossoró (TCM).
Clauder Arcanjo — Escritor
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