segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Travo do silente


Clauder Arcanjo


Hoje eu me calei,

E o calar me castrou

Os lábios, emudecendo

Minha crente alma.

E eu, calado, a sentir

O látego da omissão.

Hoje calei. Bem sei

Que a omissão me jogou

Ao chão dos covardes;

Com a boca ácida e podre,

Com os dentes a rilhar.

Então...

Engoli a gosma do meu silêncio,

E... acordei com a teima entre os lençóis.

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